World Cup: Brasil tem vitória histórica em seletiva latina

25/09/2011


Adilson e Lucas conquistam vaga para mundial com 31 abaixo e vão disputar prêmio de US$ 7,5 milhões


   Adilson e Lucas: vitória incontestável para dar ao Brasil esperança de uma boa atuação no mundial de golfe
   Adilson e Lucas: vitória para dar ao Brasil esperança de uma boa atuação no mundial. fotos: TLA

por: Ricardo Fonseca

Os profissionais brasileiros Adilson da Silva e Lucas Lee de Brasil conquistaram um resultado histórico neste domingo ao vencer a seletiva latino-americana sem dar chances aos adversários e classificar o Brasil para a World Cup, o campeonato mundial de duplas de golfe, que vai pagar em 2011 o prêmio recorde de US$ 7,5 milhões. Os brasileiros fizeram 33 birdies em 72 buracos, para somar 31 abaixo e vencer com seis tacadas de vantagem sobre México e Guatemala, que ficaram com as outras duas vagas em disputa. A Argentina, em quarto, não se classificou.

O mais incrível da vitória brasileira no Omega Mission Hills World Cup South American Qualifier – Renaissance Caracas Cup, nome oficial da seletiva, é que Adilson e Lucas mal se conheciam quando garantiam suas vagas para representar o país por serem os dois brasileiros mais bem colocados no ranking mundial de golfe na época das inscrições. Adilson, gaúcho de Santa Cruz do Sul, passou a carreira toda da África e Lucas, nascido em São Paulo, mora nos EUA desde pequeno.

Entrosamento – Suas vidas só foram se cruzar pela primeira vez no final de janeiro, na Tailândia, quando os dois disputaram e passaram o qualifying para o Tour Asiático, mesmo assim, jogaram em horários diferentes e nem se viram no campo. Depois disso, só se viram em três torneios do Tour Asiático, antes de se encontrarem em Caracas, para a seletiva de uma competição de duplas que exige pleno entrosamento da equipe, jogando duas voltas de melhor bola (best ball) e duas de tacadas alternadas (foursomes).

Os brasileiros só não foram líderes no primeiro dia, quando jogaram 63 no best ball, oito abaixo do par do Caracas Country Club. Mas da segunda rodada em diante – foursomes na sexta e neste domingo, e best ball no sábado – foram sempre os líderes e fazendo a melhor volta do dia. Adilson e Lucas jogaram 53 buracos sem fazer um único bogey, e só devolveram tacadas no buraco 2 da volta final, onde fizeram um duplo bogey.

Cabeça fria – “Esta semana nós nos entrosamos muito bem e batemos muito bem na bola”, diz Adilson, de 39 anos, o mais experiente da dupla, com nove vitórias em 14 anos de Sunshine Tour, o circuito profissional da África do Sul, cinco deles conquistados de 2009 a 2011, e que vinha de um vice-campeonato no Tour Asiático. “O duplo bogey no buraco 2 nos deixou preocupados, mas conseguimos manter a cabeça fria e fizemos nosso trabalho”, alegra-se Adilson, que viajou 25 horas de Macau até Caracas para jogar o torneio. “Valeu a pena porque realizei um sonho e encontrei um grande companheiro”.

Lucas, que venceu a seletiva para o Tour Asiático, mas retornou ao Tour Canadense depois de um fraco começo de temporada, reencontrou seu melhor jogo no retorno à América e ficou emocionado com a vitória em Caracas, sua primeira como profissional. “Nunca desejei tanto alguma coisa na minha vida, e poder atingir nossa meta, ainda mais com uma vitória, foi uma sensação maravilhosa”, diz Lucas, que assim como Adilson vai jogar a World Cup e representar o Brasil pela primeira vez.

Vagas – Uma tempestade com raios parou o jogo por duas horas, quando o Brasil liderava na metade da segunda volta, mas a definição das três vagas ainda estava indefinida. Isso quase custou a classificação dos mexicanos que, no recomeço, fizeram bogeys em dois dos quatro buracos finais, antes de jogar 68 e terminar com 25 abaixo, seis atrás dos brasileiros.
 
Com isso, a batalha pela última vaga ficou entre a Argentina, líder do primeiro dia, que vinha em terceiro, e a Guatemala, quarta colocada no começo da rodada. Mas o jogo virou no buraco 9, onde os guatemaltecos fizeram eagle, contra bogey dos argentinos, que perderam a vantagem de três buracos de uma só vez. A Guatemala abriu duas de vantagem, mas fez um duplo bogey no 15, para novo empate. A Guatemala conseguiu a vaga com birdies no 16 e no 18.
 
Susto – Em 2008, a Guatemala havia vencido a eliminatória, mas em 2009, perdeu no playoff a terceiro e última vaga para o Brasil, que jogou com Ronaldo Francisco e Rafael Barcellos. A seletiva reuniu 14 países e foi organizada pelo Tour das Américas em nome da Federação Internacional de PGA Tours. O Omega Mission Hills World Cup, que a partir deste ano passa a ser bienal, vai ser jogada de 24 a 27 de novembro no Mission Hills Resort, na ilha de Hainan, na China, com US$ 7,5 milhões em prêmios.

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