World Cup: brasileiros ampliam vantagem na seletiva

24/09/2011


Adilson e Lucas estão muito perto da vaga, mas ainda é preciso cuidado neste domingo



   Lucas na seletiva da World Cup de golfe: entrosamento perfeito.  fotos:   TLA/Enrique Berardi

por: Ricardo Fonseca

Uma volta de 60 tacadas, 11 abaixo do par, permitiu que a dupla do Brasil, formada pelos profissionais Adilson da Silva e Lucas Lee ampliasse sua vantagem e chegasse à volta final da seletiva latino-americana para a World Cup vencendo por três tacadas de vantagem. Os brasileiros, que começaram o dia em primeiro, com 14 abaixo, somam agora 25 abaixo do par, contra 22 abaixo do México e 21 abaixo do Argentina, os países que vão conquistando as três vagas para a competição principal, em novembro, na China, quando 24 duplas estarão competindo pelo prêmio de US$ 2,4 milhões (US$ 1,2 milhão por jogador), dos US$ 7,5 milhões que serão distribuídos no total.

Adilson e Lucas fizeram 11 birdies na volta de hoje e são a única dupla entre as 14 participantes do torneio que não fez nenhum bogey em 54 buracos. A volta deste sábado foi na modalidade best ball (melhor bola), onde cada um joga sua bola e se escolhe a melhor bola da dupla em cada buraco. Na quinta-feira, na mesma modalidade, os brasileiros jogaram 63, para estrear em quinto lugar.

Virada – A dupla do Brasil só assumiu a liderança na sexta-feira, quando a modalidade foi a foursomes (tacadas alternadas) e Adilson e Lucas fizeram a melhor volta do dia, com 65 tacadas. Essa modalidade, onde a dupla joga apenas uma bola, se alternando na saída dos tees e nas jogadas até embocar, é a mais difícil de todas e qualquer erro pode ser fatal.

Por isso, apesar da situação privilegiada – 25 abaixo -, os brasileiros evitam o clima de “já ganhou” e se concentram para a volta final, quando pelo menos cinco equipes estarão lutando pelas três vagas da seletiva, cujo nome oficial é Omega Mission Hills World Cup South American Qualifier, apesar de reunir também equipes da América do Norte e Central, no Caracas CC, na Venezuela. Além do México (-22) e da Argentina (-21), a Guatemala (-20) e o Canadá (-19) também estão na luta pelas três vagas, já que vencer, é o que menos importa, e sim classificar.

Confiança e planejamento – “Penso que nós tivemos sucesso ao incentivar um ao outro”, diz Lucas. “É muito bom ver seu companheiro com a bola ao lado do buraco, pois isso te dá mais liberdade para jogar; e quando ele está mais longe e emboca, isso vai te enchendo de confiança”, diz o mais jovem brasileiro da dupla e bom pegador, já que acertou drives de até 350 jardas de distância na rodada deste sábado.

Os brasileiros fizeram quatro birdies nos seis primeiros buracos, quando chegaram a ter quatro tacadas de vantagem. Apesar de as demais equipes encostarem no placar, os brasileiros continuaram com um jogo sólido e fizeram mais sete birdies, incluindo três consecutivos para fechar a volta.

“Amanhã (domingo) vamos tratar de não olhar para o placar, pois é algo que não podemos controlar”, adverte Adilson, o mais experiente da dupla. “O que podemos controlar é nosso jogo e vamos tratar de seguir nosso plano, jogar tacada por tacada e deixar que os demais corram atrás”, diz Adilson, que foi decisivo nos nove buracos finais.

Ranking mundial definiu dupla – A dupla brasileira foi definida pelo regulamento da Federação Internacional de PGAs, que é quem manda no evento, transferindo ao Tour das Américas, a organização da seletiva latino-americana, e ao Tour Asiático, a da competição principal, na China. Adilson e Lucas garantiram sua vaga na equipe do Brasil por serem os dois brasileiros mais bem colocados no ranking mundial na época em que as inscrições se encerraram.

Na semana seguinte ao término das inscrições, Alex Rocha superou Lucas como o segundo brasileiro do ranking mundial de golfe, mas talvez não tivesse podido jogar na Venezuela, por estar se preparando no Nationwide Tour para os quatro torneios finais da temporada do PGA Tour.

Regulamento – Pelo regulamento do torneio, caso o Brasil só tivesse um jogador no ranking mundial, caberia a esse jogador escolher o seu parceiro.  Caso não houvesse nenhum brasileiro no ranking mundial de golfe ou os três declinassem o convite, o país seria representado pelos dois jogadores mais bem colocados no ranking do Brasil PGA Tour, como da última vez, em 2009, quando Ronaldo Francisco e Rafael Barcellos foram à seletiva e classificaram o Brasil para World Cup. Esse é o regulamento oficial do torneio, como pode ser lido clicando aqui.

Esse esclarecimento é necessário pois houve uma disputa entre a PGA do Brasil e a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) sobre quem indicaria os jogadores da dupla brasileira, mas não foi nenhuma das duas entidades. Como os jogadores do ranking não se interessaram pelo torneio nos anos anteriores, a PGA do Brasil fez as indicações de acordo com o regulamento. Mas, na verdade, quem decide quem joga é o ranking mundial, cada vez mais decisivo no circuito mundial de golfe. Coube à CBG, como órgão máximo do golfe brasileiro, inscrever os jogadores classificados por sua posição no ranking mundial no torneio, e não convocá-los, como tem sido erronealmente divulgado.


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